domingo, 3 de abril de 2022
EGITO ANTIGO: OS HIERÓGLIFOS
Ainda de uma forma muito tímida, uma das mais antigas formas de escrita surge no Egito de 3100 a.C., dando origem aos primeiros tipos de hieróglifos. Nos dias de hoje, não nos é possível dizer quem foi o idealizador deste fato, contudo conhecemos a origem mitológica da escrita, ou seja, como os egípcios acreditavam que tenha ocorrido.
Para eles, Toth (deus da escrita e da sabedoria) criou a escrita para tornar os egípcios mais sábios e fortalecer a memória, mas Rá (deus solar) discordava, dizendo que entregar os hieróglifos aos egípcios serviria apenas para contemplar a recordação, faria-os recorrer aos documentos e não ao pensamento ou a si próprios, ou seja, a escrita enfraqueceria a memória e, consequentemente, a sabedoria. Todavia, apesar de ser contra a vontade de Rá, Toth envia as técnicas de escrita para alguns egípcios.
No Antigo Egito, apenas cerca de 4% das pessoas sabiam ler e escrever. Essa minoria, então, foi chamada de escriba. Cada escriba, além da leitura e da escrita, dominava o cálculo, o que mostra sua importância para a administração daquela região, coletando impostos, escrevendo os documentos, oficiais ou não, e decorando paredes e objetos.
Assim como qualquer outra forma de escrita, os hieróglifos não eram constantes ou estáticos e sofreram variações ao longo dos anos. Primeiramente, a língua egípcia (antigo egípcio) continha uma quantidade reduzida de símbolos, utilizados somente em forma de textos pequenos. Mais tarde, acrescentando símbolos, funções e regras, surge o médio egípcio. Na XVIII dinastia, Akhenaton implanta o neoegípcio, porém, foi o médio egípcio que prevaleceu, tendo o último datado de 394 d.C..
Além disso, os escribas começaram a simplificar a escrita, criando a forma cursiva dos desenhos hieroglíficos e dando origem à escrita hierática. Pouco mais tarde, simplificando ainda mais a escrita hierática, surge o demótico. Por fim, cria-se a escrita copta, que misturava elementos do grego e do demótico. O copta continua sendo utilizado dentro de Igrejas como língua oficial, assim como o latim, mas é considerada uma língua morta, desde o século XI.
Mas,
afinal,
como os hieróglifos eram lidos?
Para ler os hieróglifos é necessário observar o sentido em que a figura representada está voltada, por exemplo, quando se utiliza uma imagem humana, devemos notar para onde ela está olhando, lá será o início da frase. A escrita pode, então, ter quatro sentidos, dois na horizontal (da direita para a esquerda e da esquerda para a direita) e dois na vertical (da direita para a esquerda e da esquerda para a direita).
Por exemplo, na imagem abaixo temos a Estela de Den (3000 - 2930 a.C). Nelas existem hieróglifos nos quatro sentidos: os símbolos sob contorno verde devem ser lidos da direita para a esquerda na horizontal. Os em contorno vermelho, também serão lidos na horizontal, mas da esquerda para a direita. Já os em azul e rosa serão lidos na vertical de cima pra baixo, da direita para a esquerda e da esquerda para a direita, respectivamente.
domingo, 27 de março de 2022
AULA 03 - O PAPEL DO FARAÓ NO EGITO ANTIGO
Antes que fosse originado um império no Egito, os egípcios organizavam-se em torno da autoridade dos nomarcas, chefes locais que tinham por função conduzir as atividades econômicas, políticas e administrativas de uma determinada comunidade.
AULA 02: PERÍODO NEOLÍTICO
Neolítico ou Período da Pedra Polida é o período histórico que vai
aproximadamente do X milênio a.C., com o início da sedentarização e
surgimento da agricultura. Esse período também é caracterizado pela sedentarização
dos grupos humanos, com a criação de casas e pequenas aldeias. A
sedentarização possibilitou o desenvolvimento da arte com figurações
abstratas que retratavam sobretudo os animais e a caça.
O Paleolítico é marcado pela evolução humana a partir do desenvolvimento do polegar opositor e do equilíbrio sobre duas pernas, o que possibilitou o uso das mãos exclusivamente para a caça e a coleta de alimentos. Como ainda não existia a agricultura, o modo de vida era nômade. Ou seja, conforme os alimentos iam acabando na região, os hominídeos se mudavam para outras.
É também nesse momento que acontece a descoberta do fogo, o que permite ao homem a sobrevivência durante a quarta glaciação do mundo, pois podiam se aquecer nas cavernas, iluminar os locais, se proteger dos animais famintos e cozinhar seus alimentos. Isso possibilitou o processo de evolução da espécie, enquanto que outros mamíferos de grande porte, como o mamute, não tiveram a mesma sorte.
Sedentarização
Após a quarta glaciação, os climas começaram a ficar mais amenos. O derretimento das geleiras deu origem a lagos, rios e trouxe cheias que inundaram as suas margens, depositando resíduos com grande valor nutritivo para a terra. Os homens perceberam isso e passaram a habitar esses espaços.
Construção de cabanas
Com a temperatura mais quente, a vida nas cavernas não era tão necessária, e os homens passaram a construir espécies de choupanas com galhos e folhas. Com o tempo, as construções foram se aperfeiçoando. Pesquisadores encontraram artefatos de cerâmica, bancos de pedras e estruturas parecidas com móveis. As cabanas deram origem a edificações mais resistentes, feitas com argila, pedra e madeira.
Domesticação dos animais
Na glaciação apenas os animais de pequeno porte puderam sobreviver e evoluir e o homem se especializou na domesticação e caça. O cachorro foi o primeiro animal a ser domesticado. Ele tinha a função de ajudar os humanos na caça e na sua própria proteção.
Formas de alimentação
As formas de alimentação também se modificaram no Neolítico.
Pesca
A pesca foi uma importante fonte de alimento. Ela acontecia não apenas na zona costeira, mas também em alto mar, com a criação de canoas a partir de lascas de madeira e de uma cola que era obtida do corte de árvores, chamada sílex. Também havia a coleta de mariscos e de caracóis.
Pecuária
Animais como dromedários, cabras, bois e javalis eram criados para abate, arado e transporte.
Agricultura
Também graças ao clima ameno que foi possível observar o crescimento de sementes e acompanhar seu desenvolvimento, tornando viável o avanço com plantios e colheitas. Entenderam como funcionava o cultivo de certos vegetais, em especial o milho e o trigo, que podiam ser armazenados por longos períodos.
A agricultura se deu pela junção da forma de vida sedentária, com o entendimento do valor do solo e da água, e do conhecimento das sementes de alimentos vegetais que os homens podiam ingerir.
Estocagem de alimentos
O hábito de estocar alimento foi especialmente importante durante os períodos de mais escassez e também para a manutenção da vida, uma vez que, toda vez que saia para a caça, o homem do Neolítico ficava exposto a ataques de animais.
As principais mudanças no Neolítico foram:
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produção agrícola
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uso da pedra polida
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sedentarização
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aumento populacional
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formação das primeiras cidades
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
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