domingo, 27 de março de 2022

AULA 03 - O PAPEL DO FARAÓ NO EGITO ANTIGO

 




 
 

 O FARAÓ NO ANTIGO EGITO

 Antes que fosse originado um império no Egito, os egípcios organizavam-se em torno da autoridade dos nomarcas, chefes locais que tinham por função conduzir as atividades econômicas, políticas e administrativas de uma determinada comunidade.
Contudo, a ampliação dessas comunidades, também conhecidas como nomos, estabeleceu a integração de vários povos que antes viviam de forma independente. Dessa maneira, se instituía um tipo de integração que extrapolou a necessidade de desenvolvimento da agricultura e abriu caminho para a circulação de produtos e pessoas ao longo do território egípcio. Paralelamente, sob o âmbito político, a figura do nomarca não mais detinha as condições necessárias para ordenar as tarefas de toda sociedade.
Foi nesse contexto em que o Egito Antigo foi primeiramente organizado por dois reinos distintos: o Alto Egito ou Terra do Sul e o Baixo Egito ou Terra do Norte. Essa primeira experiência política de traço mais centralizador atingiu seu ápice quando o rei do Alto Egito, Menés I, realizou o processo de unificação política que o transformou no primeiro faraó da história do Antigo Egito. A partir de então, por volta de 3200 a.C., uma nova fase da história política dos egípcios dava seus primeiros passos.
O faraó era um governante com amplos poderes dentro do território egípcio. Graças aos poderes a ele investidos, poderia colocar a maioria da população sob o seu comando por meio do eficiente sistema de trabalho servil que organizava tal sociedade. Sendo o Estado o único proprietário de terras, o faraó era responsável pela condução das atividades agrícolas de toda nação.  Além disso, também cabia a ele orientar quais seriam as obras públicas e demais construções a serem executadas pelos servos. Apesar de a autoridade faraônica ter visível presença no interior da sociedade egípcia, devemos frisar o importante papel desempenhado pelo corpo de auxiliares que apoiavam o faraó. Um grande conjunto de funcionários públicos, militares de alta patente, fiscais e escribas eram utilizados para que o faraó estivesse ciente de todas as informações necessárias para a condução de seu governo. Somente assim podemos compreender a sustentação desta forma de governo centralizada.

Além dessas importantes funções de âmbito político e administrativo, devemos também salientar que o faraó tinha fundamental importância dentro do sistema de crenças do povo egípcio. Segundo a religião egípcia, o faraó era considerado a encarnação do deus Hórus, divindade de grande importância que era considerada filha do Sol. Para a população, a felicidade do monarca era de fundamental importância para que as colheitas tivessem bom desempenho e que nenhuma calamidade atingisse a população.
      Com isso, ao notarmos que o faraó assumia funções de caráter político e religioso chegamos à conclusão de que a sociedade egípcia era politicamente controlada por uma teocracia. Esse termo é usualmente empregado a toda aquela forma de governo onde o os líderes políticos convergem funções decisórias e, ao mesmo tempo, religiosas no interior de uma sociedade. Em outras civilizações podemos ver que a teocracia assumiu outras características daquela adotada no Antigo Egito.

AULA 02: SLIDES DO PERÍODO NEOLÍTICO

 

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AULA 02: PERÍODO NEOLÍTICO

 

 


 

Neolítico ou Período da Pedra Polida é o período histórico que vai aproximadamente do X milênio a.C., com o início da sedentarização e surgimento da agricultura. Esse período também é caracterizado pela sedentarização dos grupos humanos, com a criação de casas e pequenas aldeias. A sedentarização possibilitou o desenvolvimento da arte com figurações abstratas que retratavam sobretudo os animais e a caça.

O Paleolítico é marcado pela evolução humana a partir do desenvolvimento do polegar opositor e do equilíbrio sobre duas pernas, o que possibilitou o uso das mãos exclusivamente para a caça e a coleta de alimentos. Como ainda não existia a agricultura, o modo de vida era nômade. Ou seja, conforme os alimentos iam acabando na região, os hominídeos se mudavam para outras.

É também nesse momento que acontece a descoberta do fogo, o que permite ao homem a sobrevivência durante a quarta glaciação do mundo, pois podiam se aquecer nas cavernas, iluminar os locais, se proteger dos animais famintos e cozinhar seus alimentos. Isso possibilitou o processo de evolução da espécie, enquanto que outros mamíferos de grande porte, como o mamute, não tiveram a mesma sorte.

Sedentarização

Após a quarta glaciação, os climas começaram a ficar mais amenos. O derretimento das geleiras deu origem a lagos, rios e trouxe cheias que inundaram as suas margens, depositando resíduos com grande valor nutritivo para a terra. Os homens perceberam isso e passaram a habitar esses espaços.

Construção de cabanas

Com a temperatura mais quente, a vida nas cavernas não era tão necessária, e os homens passaram a construir espécies de choupanas com galhos e folhas. Com o tempo, as construções foram se aperfeiçoando. Pesquisadores encontraram artefatos de cerâmica, bancos de pedras e estruturas parecidas com móveis. As cabanas deram origem a edificações mais resistentes, feitas com argila, pedra e madeira

Domesticação dos animais

Na glaciação apenas os animais de pequeno porte puderam sobreviver e evoluir e o homem se especializou na domesticação e caça. O cachorro foi o primeiro animal a ser domesticado. Ele tinha a função de ajudar os humanos na caça e na sua própria proteção.

Formas de alimentação

 

As formas de alimentação também se modificaram no Neolítico.

Pesca

A pesca foi uma importante fonte de alimento. Ela acontecia não apenas na zona costeira, mas também em alto mar, com a criação de canoas a partir de lascas de madeira e de uma cola que era obtida do corte de árvores, chamada sílex. Também havia a coleta de mariscos e de caracóis.

Pecuária

Animais como dromedários, cabras, bois e javalis eram criados para abate, arado e transporte.

Agricultura

Também graças ao clima ameno que foi possível observar o crescimento de sementes e acompanhar seu desenvolvimento, tornando viável o avanço com plantios e colheitas. Entenderam como funcionava o cultivo de certos vegetais, em especial o milho e o trigo, que podiam ser armazenados por longos períodos. 

A agricultura se deu pela junção da forma de vida sedentária, com o entendimento do valor do solo e da água, e do conhecimento das sementes de alimentos vegetais que os homens podiam ingerir. 

Estocagem de alimentos

O hábito de estocar alimento foi especialmente importante durante os períodos de mais escassez e também para a manutenção da vida, uma vez que, toda vez que saia para a caça, o homem do Neolítico ficava exposto a ataques de animais.

A estocagem de alimentos proporcionou uma melhora na qualidade de vida, tendo aumentado a expectativa de vida, que antes não passava dos 15 anos. E também deu origem à acumulação de bens e a formação de hierarquia social

As principais mudanças no Neolítico foram:

  • produção agrícola

  • uso da pedra polida

  • sedentarização

  • aumento populacional

  • formação das primeiras cidades



PRÉ-HISTÓRIA & PALEOLÍTICO - SLIDES