sábado, 3 de junho de 2023

TEMA 12 - DILÚVIO NO GOLFO PÉRSICO 3500 A.C

 
 
 

As águas do Pérsico teriam acabado com uma longa extensão de terra. Sendo assim, matando pessoas, animais e plantas.
As tradições bíblica e mesopotâmica do Dilúvio se correspondem fortemente, embora não se possa demonstrar que o relato bíblico foi derivado delas ou vice-versa. Elas dão evidência de terem uma origem comum e falam do mesmo evento ocorrido na Mesopotâmia, por volta de 3500 a.C.

Lendas sobre o dilúvio são comuns pelo mundo inteiro, e a Mesopotâmia acabou sendo o berço de muitas delas.  A razão desses dilúvios possivelmente era o resultado do degelo da última glaciação, que findava por volta de 8 a 12 mil anos atrás – muito cedo para gerar dilúvios tão tarde quanto por volta de 3500 a.C. Assim sendo, as águas do diluvio vieram do oceano Índico, tal como mostrado nas imagens abaixo:




É neste ponto que estudiosos recorrem a uma lenda de dilúvio sumério para explicar como a arca de Noé foi parar no monte Ararate – presumindo, naturalmente, que o relato sumério e a Bíblia estejam tratando de um mesmo evento.
 
 Se fossem somente as inundações anuais dos rios Eufrates e Tigre com os degelos das cordilheiras turcas, então, o fluxo natural da água seria em sentido norte-sul e a arca acabaria no mar aberto, oceano Índico. Daí, seguindo as correntes marítimas, chegaria até o sul da África e logo se dirigiria em direção à Austrália, já que a arca foi feita para boiar e não para ser navegada.

No entanto, seu movimento foi de sul a norte (da topografia mais baixa para a topografia montanhosa mais alta, explica seu destino final nos montes de Ararate. Depois do dilúvio, as águas demoraram 150 dias para baixar e secar-se sobre a terra.


 Por agora é oportuno perguntar como um dilúvio local, tal como o descrito acima, pôde ser suficiente para cobrir toda a Mesopotâmia, submergindo todos os montes, e fazendo a arca flutuar por 5 meses, até pousar em algum monte do Ararate; e não só isso, mas as águas também prevaleceram ao ponto de que, somente 14 meses após o início da inundação, foi possível Noé descer da arca – quando a lógica diz que qualquer afluxo de água sobre a Mesopotâmia, tal como um tsunami, logo resultaria em as águas fazerem o caminho de volta. A respeito disso:

Como não se sabe exatamente o que causou o massivo movimento do mar para inundar a planície da Mesopotâmia, podem ter estado envolvidas circunstâncias desconhecidas para nós hoje, que impediram as águas de retornar muito rápido para o mar.


Reinterpretando Gênesis

Mas como conciliar um dilúvio local com as declarações bíblicas tais como as destacadas abaixo?

O dilúvio continuou por 40 dias sobre a terra, e as águas continuaram a aumentar e começaram a carregar a arca, e ela flutuava nas águas acima da terra. As águas prevaleceram e continuaram a aumentar muito sobre a terra, mas a arca flutuava na superfície das águas. As águas inundaram a terra de tal modo que todas as montanhas altas debaixo de todo o céu foram cobertas. As águas subiram até 15 côvados acima das montanhas[...]. Assim Ele exterminou da face da terra todos os seres vivos — os homens, os animais, os animais rasteiros e as criaturas voadoras dos céus. Foram todos eliminados da terra; somente Noé e os que estavam com ele na arca sobreviveram [...]. No sétimo mês, no dia 17 do mês, a arca pousou nas montanhas de Ararate. E as águas baixaram continuamente até o décimo mês. No décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes das montanhas (Gênesis 7:17-20, 23; 8:4, 5).

Nesse raciocínio, ao ler a palavra “terra”, não como se referindo ao planeta Terra, mas à região onde se vive; de acordo com ele, a palavra hebraica para “”montes” ou “montanhas” pode também ser traduzida como “colinas”, de modo que isso não exige que as águas tenham coberto montes tão altos como o Everest; e quando a Bíblia diz que a arca pousou “nas montanhas do Ararate”, isso não quer dizer que pousou no seu monte mais alto, de cerca de 5000 metros, mas em alguma “colina” próxima a ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PRÉ-HISTÓRIA & PALEOLÍTICO - SLIDES